Criar uma Loja Virtual Grátis
POESIAS - POESOFIA
POESIAS - POESOFIA

<img src= 

 Descaminhos

 

            Caminhamos sempre certos

que temos a certeza

que caminhamos

pelos caminhos certos,

porém depois de tantas caminhadas

descobrimos

que não há caminhos,

portanto,

também

não caminhamos....

 

Paulo Dias Gomes

 

<img src=

Solidão

 

A solidão

 é

um

canto

melancólico

do

Espanto

Que

Encanta

Quando

O amor

Com o

Seu

Canto

Não

Encanta

Tanto... 

Paulo Dias Gomes

<img src=

 O homem

 Regressa

Puro

da

purusa

o ser que abusa

de suas qualias...

 

E não há nada

senão uma máxima vontade

 mecânica

quântica

 congestionada

De

lógica difusa

 E

deôntica

Na hipóstase

de uma heurística

 hipocrisia existencial 

 

 

Paulo Dias Gomes

 

 

https://img.comunidades.net/pau/paulodiasgomes/856925.jpg

 Pulcritude

  Deixe o belo afogar o impugnante

Adoçar os lábios secos pela intransigência

Deixe o belo profanar a retórica

Sangrar os ideais da dor que sacramenta


Deixe a gentileza linear o adjacente


Do indecente marginal que se atormenta


Deixe o pulcro exterminar o espurco


Condensando em beleza imponderável


Antes que o passado condene o futuro


Antes que o futuro se torne um passado


Deixe as horas envolvidas no silêncio

Semear a santidade reciclável


Antes que seja tarde tomar uma atitude


Deixe o belo se aproximar do insondável


Criando em si a fantasia imensurável,


Pois o que é belo não morre sem Virtude...!!!

 

 

Paulo Dias Gomes

 <img src=

Entropia Moral

 

Se falo o que penso,

então não penso em tudo o que falo

Se não penso no que falo,

então de nada eu entendo

Se não entendo o que penso,

então eu me calo

Se me calo,

então não penso e também não sei de nada

Mas se o nada já é alguma coisa

Que penso, então entendo sobre o que penso

Se eu entendo o que penso,

então o que o impede que eu fale,

Mas se é prá falar sobre o nada

De nada vale pensar que entende

É devido à esta argumentação

Incondicionada

 que prefiro minha alma calada

na entropia da moral presente...

 

 

Paulo Dias Gomes 

 

<img src=

Predicados da Acrasia

 Sou um microcosmo idiográfico

Violando regras nomotéticas

E nas pseudo-veritas de minhas crenças

faço apologias

Doxológicas.

Quando me encontro sou sistemático

Quando me perco sou dialético

Não derramo lágrimas dogmáticas,

Porém sou um herói hipotético

E se é assim que desintegro

Em outras vias sou pragmático

A objetividade não está na alma,

Mas na cadeia genética

Um metade sou o que faço

E a outra um tácito verborrágico

num mundo

Peripatético!!!

 

Paulo Dias Gomes

<img src=

  Existência Assintótica

 Este ser ontológico é determinista

É marcado pela hipótese ad hoc

 que é dono da própria vida

Doce ilusão do descontínuo

Não se justifica o injustificável

Já que a  linha e a curva são per accidens.

A linha é o destino do contratempo

E a curva é contraste da vontade

 Queremos ser criadores

 E não arquétipos

Queremos ser ativistas

e não sujeitos

Porém a vontade é uma curva incerta

Que se encontra paralela ao destino

Desalinhado numa forma reta

Rumo ao eterno ad absurdum do infinito...

 

 

Paulo Dias Gomes 

 <img src=

O Tempo

 

O tempo não existe

Não há passado que seja o que restou do presente

Não há presente pois tudo já passou

Na há futuro, pois ainda não ocorreu.

Se o tempo nada mais é que a narrativa  da transformação

Então

Todas as coisas se mantém na realidade .

numa estática existência sem identidade.

O tempo é o nexo causal entre o sujeito e a forma

O tempo é o meme, mero objeto cultural do qual somos escravos por ação voluntária.

Não há velhice que não seja degradação natural

Não é o tempo que leva, nem é o tempo que traz

Olhar para o passado é apenas olhar prá traz

No presente não percebemos que a mudança é fulgaz

Entre a ínfima Especies somos vítima do tempo que criamos e nada mais...

 

 

Paulo Dias Gomes

 

 

 <img src=

 Heterológica

 Se a vida é tudo o que temos,

então não temos nada nesta vida

Não há maior absurdo que a existência inautêntica:

Nascemos de nada,

vivemos para o nada

e morremos como nada.

Se há alguma virtude histórica,

ela não foi valorizada.

A vida é heterológica

A morte é heterológica

Não há nada nesta doutrina

Transitória capaz de quantificar a existência

Não se qualifica o que não conhece o valor

Eis o paradoxo desta realidade hierarquizada,

Transfinita em sua hermenêutica conceitual

Incomensurável por ser desconhecida...

 

 

Paulo Dias Gomes

 

 

   

https://img.comunidades.net/pau/paulodiasgomes/olho__salvador_dali.jpg

Obversa

O que corrompe é a lágrima

que cai fria como as gotas da chuva

numa tempestade moribunda

como retrato da nostalgia.

Sem desígnio cartesiano

Sem alma ou poesia,

Porém infirmam em demasia

A instrumentalidade de um corpo ocasionalista...

Desnecessária? Talvez!!!

Mas o que é a dor senão um alarme

Que dispara quando o físico ou o metafísico

Estão fora de sintonia???

Mas o que é o amor senão uma ato corvade

De quem foge da solidão em busca de companhia...

 

 

Paulo Dias Gomes

 

 

 <img src=

Parole

Só falarei quando tiver algo a dizer.

Não sou melhor que o outro

e nem tão pouco quero ser

Quem fala se condena

e já cansei de sofrer.

-Já não há dor em demasia no silêncio

e no aceitar por dentro

o veneno do mero pré-dizer?

Ah! mas se a liberdade

 vem do grito,

 então ficarei acorrentado!!!

Pois este sistema programado

só quer corromper o que penso.

Mas se o que penso não produz,

então de nada vale o grito

 e nem a liberdade da luz

Talvez não haja liberdade

 neste ato passivo,

mas pelo menos sou dono

 daquilo que levo comigo

e daquilo que me conduz...

 

Paulo Dias Gomes 

https://img.comunidades.net/pau/paulodiasgomes/dsc05216.jpg

Opressão

 

Transfigurada forma de mentalidade histórica

detém-se á janela,

mas não pode ver o sol

Nem compreende a lágrima que emana com o silêncio!!!

Não há imperativo categórico na emoção

A minha distopia é irreflexiva relação,

Não sou maior que a angústia de ser nada

E nem menor que a minha fantasia de querer ser tudo.

O que há nos céus além de estrelas, senão a eternidade que não posso vê-la?

Mas precisamos sonhar com a luz do dia,

ou pelo menos vê-la no

inalienável do momento...

Paulo Dias Gomes

<img src="https://img.comunidades.net/pau/paulodiasgomes/outono4168.jpg" border="0">

 PARADOXO VITAL

Quem acredita que o caminho

 

é apenas uma estrada

 

pensa que ver tudo

 

mas com certeza não tem nada!

 

Vai e volta.

 

Sempre é tarde para chegar

 

Sempre é cedo para partir,

 

pois o caminho é a nossa vida

 

nunca será um lugar.

Não quer se movimentar

também não quer ficar parado.

Se a morte é um descanso,

então prefere viver cansado.

Não suporta mais chorar,

mas não aprendeu a sorrir 

 

Deseja o que está lá,

 

mas não quer sair aqui!

 

Paulo Dias Gomes

 

 






Partilhe esta Página

POESOFIA